Refletindo após alguns acontecidos durante a caminhada senti hoje a necessidade de refletir um pouco sobre uma palavra que nos acompanha durante toda nossa existência: "NÃO"
De quem é a culpa não sei, mas viajando ao fundo do sentido da mesma, em tese vejo que existem vários valores para tal palavra monossílaba que embora "mono" tenha valores e significados "Poli".
Por que será que só conhecemos um único significado de tal palavra?
Antes acreditava que ao ouvir em alto e bom som: N Ã O, pronto! Tava tudo perdido.
Mero engano, o "Não" abre tantas portas quanto o "Sim" e melhor, nos faz forte, nos educa, nos prepara para amar, para encarar a vida como tem que ser encarada.
Segundo minha humilde concepção, uma hipótese para a limitação do Monossílabo em tela seria as sequelas da Ditadura, do Regime Militar que amordaçou, aprisionou e limitou muita gente.
Devido a isso a educação da época para aquele tempo era de privações.
Com a mudança de tempo, a sociedade exigiu uma Educação mais "livre", mas ficou livre demais, esqueceram de limitar a liberdade.
Como dizia meu Amigo César (Soldado da PM de Limoeiro-PE): "Debréia !!!"
Pois é esqueceram de debrear, foi só pé no acelerador.
Confundiram liberdade com libertinagem e esqueceram de usar outra palavrinha da família do "L" o Limite.
Ai meu amigo a necessidade do "Não" que tanto foi ridicularizado no passado.
Vejamos o que diz o Padre Antonio Vieira que bem analisou os efeitos do "Não":
“Terrível palavra é o não. Não tem direito nem avesso; por qualquer lado que o tomeis, sempre soa e diz o mesmo. Lede-o como quiserdes, será sempre não(...); sempre morde, fere, leva veneno consigo. Mata a esperança; não há corretivo que o modere, nem arte que o abrande, nem lisonja que o adoce. Por mais que confeiteis um ‘não’sempre amarga; por mais que o enfeiteis, sempre é feio; por mais que o doureis, sempre é de ferro.” E conclui: “Tão injuriosa palavra é um ‘não’. Para a necessidade, dura; para a honra, afrontosa, e para o merecimento, insofrível”.
Mas não (olha ele ai de novo) tem jeito, é preciso viver com o Monossílabo.
Pra endossar minhas palavras vejam o que encontrei na Internet, nas palavras do Dr. Raymundo de Lima - Doutor em Educação pela USP:
"Na vida líquida de hoje, cuja ética é frouxa, podemos facilmente ser vítimas de paixões loucas. Impossível ir direto ao amor sem passar por elas. O caminho é educar as paixões. Mesmo assim, há riscos.
Atenção Pais, Escola e Educadores: Vamos usar o "NÃO", com ele sofremos menos!
- Teríamos menos jovens drogados que não estão acostumados a entender as negações necessárias da vida;
- Menos Políticos Corruptos, pois o povo saberia escolher melhor usando o monossílabo;
- Professores serão melhores entendidos pelos Pais e pela Escola;
- A palavra de Deus seria melhor utilizada no dia-a-dia;
- Os valores que atualmente estão escassos teriam seu lugar de volta, pois o homem passaria a ser julgado pelo que faz e não pelo que tem. Pois conheço pessoas tão pobre, mas tão pobre que só tem dinheiro.
- O Amor seria mais Amor e a Paixão mais racional, pois a renúncia tão necessária em um relacionamento seria em mão dupla e não em mão única.
- O Diálogo seria mais presente em nossas vidas.
- Ouvir e falar ao invés de agredir.
E o perdão? Ah o Perdão!
Tão necessário e tão difícil para nós meros mortais, que nada mais é do que um "NÃO" a coisas que nos fazem ser pequenos.
"As três coisas mais difíceis do mundo são: guardar um segredo, perdoar uma ofensa e aproveitar o tempo." Benjamim Franklin
Mas enfim é vivendo e aprendendo.
Sofrendo e Ganhando com o Sofrimento um tesouro chamado Experiência, ninguém melhor para provar isso do que "Thomas Edson" o inventor da Lâmpada:
Uma experiência nunca é um fracasso, pois sempre vem demonstrar algo. Thomas Edson |
Mas se nada disso for compreendido lembre-se do Imortal Irmão Chico Xavier quando disse:
"A Semeadura é Livre, mas a Colheita é Obrigatória."
Um ótimo feriado a todos e muitos "NÃOs" em vossas vidas.
Primo, se cada caminhada tu tiver uma inspiração dessa, vai sair um "Paulo Coelho" do ventre de João Alfredo.
ResponderExcluir"SIM" senhor, "NÃO" esquecerei disso...
ResponderExcluirAbração Rodrigo Vando!