29 de mai. de 2010
O Peso certo é a Tara da Balança.
Quando menino, quase adolescente, morando no Sítio Gabié, zona rural de João Alfredo-PE, nas terras de Vô Caju, começava minhas primeiras obrigações cuidando das crias (bodes, cabras e etc.) e quase sempre ficava na pequena “Venda” do meu Pai ou como carinhosamente era conhecida: “A Bodega de Mala-Véia”, apelido que o Sr Benízio de Caju (meu Pai) ganhou num passado que deixou saudades.
Na “Bodega” tinha pouca variedade: açúcar, querosene, sal, fubá, sardinha de balde, fumo de rolo, cachaça, sabonete, gilete, Mel Borges, Misturadas, cocadas, lanchinhos, bolachas secas e de canelas,... Itens que toda bodega tem.
Vez ou outra era preciso fazer o uso da fiel balança para pesar fumo, açúcar e outros produtos para os fregueses de Mala-Véia, anotava no bom e valioso caderno.
Ao pesar Açúcar, por exemplo: num prato da balança o peso de 01 KG de outro lado a quantidade de Açúcar colocado até o respectivo prato tocar na balança. E ai de mim se deixa-se a balança nivelando os pratos, ou seja, na tara.
Praquele momento era preciso aquela medida, tempo bom aquele, saudades!
Hoje não, hoje procuro a “Tara da Balança”.
Mas procuro de verdade, pra minha cidade, pro meu trabalho, pra justiça, pra minha casa, pra minha vida.
Os tempos mudaram. Hoje peso bom pra mim é “A Tara da Balança”.
Quantas vezes colocamos medidas erradas nos pratos de nossas balanças? Como andamos pesando ultimamente?
Num prato: o corre-corre, a luta, no outro prato o lazer;
Num Prato: a necessidade, no outro prato satisfação;
Num Prato: o Governo, no outro Prato o Povo;
Num Prato: a Paixão, no outro o Tesão;
Num Prato: a Amizade, no outro a Conveniência;
Num Prato: os Valores, no outro as Necessidades;
Num Prato: a Vida, no outro a Morte;
Num Prato: o Sofrimento, no outro o Ensinamento;
Num Prato: a Política, no outro nem sei;
Num Prato: a Verdade, no outro a Mentira;
Num Prato: a Genética, no outro o que Construí pelo Caminho;
Num Prato: o Passado, no outro o Presente, mas sempre O Futuro como “Contra-Peso”;
Vivo em constante busca pela “Tara da Balança”, feliz o Homem que a encontra!
E agora você prefere 01 Kg Bem Pesado ou a “Tara da Balança”?
Benízio Elias da Silva Filho (Duy)
João Alfredo(PE)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Primo arrochado da mulesta, faz as coisas em medo.
ResponderExcluirProva que é filho prodígio das terras de João Alfredo
Jeitoso e delicado, muito cheio de dedicação
É filho de Benízio, conhedido pelo seu Lunga da região
No chegando no Borba, pra tomar cana e bagunçar
Comer carne e milho assado, fala alto e enjoar
Ajunta a polvora da boa, que quero atirar.
Vou arrochar o riúna, até as parede se rachar.
Separa pamonha doce, bolo, milho e coalhada
Para eu encher o bucho e farrear até a madrugada.
Quero vê se desmancho essa porra de catimbó que botaram pra mim
Vou cheroso e gostoso dançar na quadra e arrumá um pitelzim.
Vai essa homenagem para essa terra feliz, cheia de gente bonita e risonha.
Onde nunca pisou um corno, andou uma puta ou se fumou maconha.
No início de maio estive em J.Alfredo e vi um carro de som anunciar essa fábrica de beneficiamento de azeite e fiquei muito emtusiasmado em ver o progresso finalmente chegar mais lendo a postagem mais uma vez fiquei decepcionado com a antinga politicagem joãoalfredense.Carlos São paulo-SP
ResponderExcluir