15 de nov. de 2012

Isso Vale um Abraço Companheiro

De que é feito a vida senão de momentos?

Momentos esses que nos intriga de tantas surpresas.

Eis como fui feliz nesse 14 de novembro de 2012:

Começo o dia com uma Exposição no Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhãs - MAMAM: Intuição Et Cetera, reunida no programa Rumos Artes Visuais do Itaul Cultural a exposição trabalha segundo a sinopse: 
"Intuição como entendimento instantâneo de um todo por sua simultaneidade é  mais simples e menos detalhada que a dedução, mas também mais precisa que esta."


Pra mim foi muito interessante foi o necessário pra perceber o quanto sou ignorante e cego pra esse nível de Cultura, pois não entendi porra nenhuma da Exposição mas um dia eu chego lá, segue uma amostra:























A noite mais cultura na companhia de um Irmão, porque ele não é um simples amigo, é muito mais, é um irmão postiço, postiço apenas no sangue mas na qualidade é originá: Rodrigo Vando.

Rodrigo Vando e suas "Caras e Bocas"
Noitadas com Rodrigo é certeza de absolver cultura, conversas produtivas, gargalhadas, e haja gargalhadas, o cara é uma figura, inteligente, culto, ousado, astuto, espontâneo é um Homem Completo, é quase um Bradesco.

Como se não bastasse tamanha satisfação selamos o encontro com um dos maiores compositores da Música Popular Nordestina, o Caboclo Sonhador, nada mais nada menos que Maciel Melo:

Maciel Melo - O Caboclo Sonhador
Simpático como sempre, nos recebeu no Camarim, tirando foto, proseando como ele mesmo diz: "Isso Vale um Abraço".
Encontramos 02 conterrâneas de João Alfredo: Suelma Cavalcante e Ligivânia, através dela conhecemos Fátima ai foi só alegria, brincadeiras, dança, boas conversas, ficou na história a noite de hoje:

Uma pequena amostra de nossa rica noite na Sala de Reboco, 14/11/2012

Vai ficar na lembrança, vai deixar saudades.

Obrigado a todos pela riqueza desses momentos, sem malícias, sem segundas intenções, apenas o compartilhar de um alegria.

E quanto ao nosso Menestrel, o imortal Caboclo Sonhador, ah! esse dispensa comentários.
Que Show, não teve uma música que eu não cantasse de cabo a rabo.
Minto eu , teve sim!
Uma inédita que ele nos apresentou.

Quando cantava a música, observador que sou, quando menos espero vejo o Homem todo arrepiado, só entende tal emoção quem sabe o que é Poesia, Música, Raízes, modéstia parte assim como Eu, Rodrigo Vando, Mânlio Gomes, Geovani Cavalcanti, Esekiel Cordeiro e tantos apreciadores de nossa Cultura, nossa mais pura Cultura Popular Nordestina.

Maciel Melo e Banda - Sala de Reboco - 14/11/2012

Com Zezinho de Arcoverde na Sanfona, Ananias Júnior na Guitarra e demais músicos, Maciel Melo e Banda mostrou com quantas notas se faz um Forró de verdade

Obrigado amigos: Rodrigo Vando, Suelma Cavalcanti, Fátima, Ligivânia Lima e Fátima pelo rico momento.

Obrigado Rinaldo Ferraz pela Sala de Reboco, por ter proporcionado momentos tão ricos que buscam preservar o nosso mais autêntico Forró Pé-de-Serra.

Obrigado Maciel Melo pela simpatia, poesia, espírito de palco, pelo show e pelo Poema "Erros e Pecados, do qual peço licença e faço de suas palavras o retrato mais fiel do momento que vivo hoje.

Vida Longa Poeta.

Isso Vale Um Abraço!!!

Pra acabar de completar:

Erros e pecados
Já errei muito mais do que devia
Hoje estou começando a errar bem menos
Meus deslizes começam a ser pequenos
Bem menores que a ânsia de chegar
Eu saí sem saber como voltar
Eu segui os atalhos do destino
Apanhei pra deixar de ser menino
Hoje apanho tentando não errar

Já andei tantas braças, tantas léguas
Ganhei grandes, enormes bons amigos
Tive vários amores, tive abrigos
Tive abalos, caí, me levantei
Tive acasos, perdi, também ganhei
Meus pecados paguei em alto preço
Me perdoe se achar que eu mereço
Se mereço, até eu nem mesmo sei

Sei que nada se perdera por completo
Inda resta um restinho de esperança
Um fiapo, uma nesga de lembrança
De um passado feliz que me marcou
Um poeta, um boêmio, um cantador
Um balcão, uma prosa, uma piada
Um soneto, um repente, uma noitada
E uma canção pelas retinas desabou

Meu desafio pelas léguas caminhou
Fui ferido e feri quem me feriu
E ferindo a ferida se abriu
Nunca mais suturou tornou-se chaga
E uma canção de amor me embriaga
Em dozes de versos Buarqueanos
E uma bandeira branca em fino pano
Bem no seio de minha alma foi fincada

Foi ficando cada vez mais hasteada
E bem no alto tremula irradiante
Acenando aos poetas mais errantes
Quero paz e o resto a gente enterra
Qualquer mágoa nesse instante se encerra
Meu abraço abre os braço para os teus
E se teus braços chegarem junto aos meus
Eu abraço e nunca mais teremos guerra.

(Maciel Melo)