4 de dez. de 2011

Fim de ano.


Mais uma vez estamos passando por mais um ano - vamos com calma, pois o ano ainda não acabou - mas digamos que estamos na reta final.

Chegou Dezembro, e com ele a sensação de dever cumprido pra alguns ou de irresponsabilidade e de fracasso pra outros.

Planejamento acabando é hora de ver o que concluímos ou que ficou em aberto ou criar vergonha na cara e fazer um Planejamento pra 2012.

Aliás, o verbo PLANEJAR pra muitos brasileiros nunca foi conjugado, talvez seja um fator cultural, nunca fomos vítimas de catástrofes naturais como outros países, tipo: vulcão, furacão, tsunami.
Povos vítimas desses fatos sofrem e tem que dá nó em pingo d´água, beliscão em azulejo, se virar nos trinta pra gerir o que às vezes nem tem. Daí vão conjugar o quê: PLANEJAR.

Mas não é sobre isso que quero falar hoje, é sobre o estresse do Fim de Ano.
Todo ano a mesma coisa:
  • Confraternizações;
  • Formaturas;
  • Casamentos;
  • Amigos Secretos;
  • Compras;
  • Vendas;
  • Roupas Novas;
E haja estresse.

E o Mercado? É mesma ladainha:
- Rapaz: o negócio tá feio.
- Eu mesmo estou com medo.

Esse discurso durante os meses de setembro, outubro, novembro, quando chega dezembro? aí quer comprar em trinta dias o que não comprou em 335 dias.

Contaminam todos, empresários, operários, vendedores, padres, todos sem exceção, até mesmo as crianças.

Chega a ser engraçado e por falar em engraçado deixo aos amigos leitores um poema do Imortal Carlos Drummond de Andrade chamado: CORTAR O TEMPO, que diz muito sobre  nosso tema de hoje, leiam, reflitam e comentem:

Cortar o tempo

Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,

a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.


Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.

Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.