Mais uma
vez estamos passando por mais um ano - vamos com calma, pois o ano ainda não
acabou - mas digamos que estamos na reta final.
Chegou
Dezembro, e com ele a sensação de dever cumprido pra alguns ou de
irresponsabilidade e de fracasso pra outros.
Planejamento
acabando é hora de ver o que concluímos ou que ficou em aberto ou criar
vergonha na cara e fazer um Planejamento pra 2012.
Aliás, o
verbo PLANEJAR pra muitos brasileiros nunca foi conjugado, talvez seja um fator
cultural, nunca fomos vítimas de catástrofes naturais como outros países, tipo:
vulcão, furacão, tsunami.
Povos
vítimas desses fatos sofrem e tem que dá nó em pingo d´água, beliscão em
azulejo, se virar nos trinta pra gerir o que às vezes nem tem. Daí vão conjugar
o quê: PLANEJAR.
Mas não é
sobre isso que quero falar hoje, é sobre o estresse do Fim de Ano.
Todo ano
a mesma coisa:
- Confraternizações;
- Formaturas;
- Casamentos;
- Amigos Secretos;
- Compras;
- Vendas;
- Roupas Novas;
E haja
estresse.
E o Mercado? É mesma ladainha:
- Rapaz:
o negócio tá feio.
- Eu
mesmo estou com medo.
Esse
discurso durante os meses de setembro, outubro, novembro, quando chega dezembro?
aí quer comprar em trinta dias o que não comprou em 335 dias.
Contaminam todos, empresários, operários, vendedores, padres, todos sem exceção, até mesmo as crianças.
Chega a ser engraçado e por falar em engraçado deixo aos amigos leitores um poema do Imortal Carlos Drummond de Andrade chamado: CORTAR O TEMPO, que diz muito sobre nosso tema de hoje, leiam, reflitam e comentem:
Cortar o
tempo
Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.
Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.